Em 1878, foi criada a Escola de Primeiras Letras para meninas, tendo como professora Joana Maria de Oliveira, transferida da Vila de Monte Santo. No ano seguinte, o professor Aristides Raimundo Nonato assumiu a direção da escola masculina. Essas primeiras unidades escolares funcionavam com base no método Lancaster, também chamado de ensino mútuo, no qual alunos mais adiantados eram responsáveis por auxiliar os colegas que apresentavam maior dificuldade.
O livro Descrições da Província da Bahia, de Durval de Aguiar, confirma que, em 1888, havia duas escolas no Arraial de Pojuca, cada uma com 70 alunos. Cinco anos mais tarde, em 1893, o pesquisador Francisco Vicente Vianna já registrava a existência de três escolas no distrito.
Em 1914, durante a gestão do prefeito Carlos Pinto, foi inaugurada a primeira escola municipal de Pojuca. Já em 1928, teve início a construção da Escola Conselheiro Saraíva, cuja conclusão só ocorreu em 1937, no governo do prefeito Elsior Coutinho.
Um marco importante na história da educação pojucana ocorreu em 1958, quando o prefeito Percilio dos Santos iniciou a construção de uma escola com proposta inovadora: ofertar ensino técnico em nível de 2º Grau. O projeto era ambicioso, considerando que o censo do IBGE de 1950 registrava apenas 2.694 habitantes na área urbana de Pojuca — ou seja, toda a população urbana da cidade caberia dentro da escola. A obra levou dez anos para ser finalizada e foi inaugurada em 1968 pelo então prefeito Fernando Pereira. Inicialmente batizada como Escola Municipal José Gonçalves da Cruz Filho, mais tarde passou a se chamar Escola Municipal Presidente Castelo Branco, em homenagem ao primeiro presidente do regime militar instaurado em 1964.
Conhecida como “Castelão”, essa escola foi responsável por formar milhares de professores, técnicos e profissionais de diversas áreas, tornando-se por muitos anos a única escola pública de ensino médio da cidade. Sua importância foi decisiva para o desenvolvimento educacional de Pojuca ao longo do século XX.
As informações aqui apresentadas foram extraídas de diversas fontes históricas, entre elas o livro Pojuca: O Arraial da Passagem, a obra Descrições da Província da Bahia e arquivos da família de Augusto Santos, filho mais novo de Percilio dos Santos.
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