sábado, 18 de julho de 2020

Você sabia... Curiosidades sobre a História de Pojuca




Você sabia...
... quem foi Carlito Silva?

  • Não é possível falar de arte e cultura sem mencionar a figura de Carlito Silva. Médico e educador pojucano que organizava e comandava com irreverência a quadrilha “Mate o Véio”, cujos ensaios eram um espetáculo à parte. De posse de uma “varinha”, Carlito ensaiava sua quadrilha em espaço aberto e, quando o passista errava o passo tomava uma leve “chicotada” para prestar atenção na coreografia, para a diversão dos curiosos. Doutor Carlito, como era conhecido, foi vice-prefeito de Pojuca e empresta seu nome ao hospital público da cidade.


Você sabia...
... que ao longo de sua história, Pojuca só teve duas mulheres eleitas para o cargo de prefeita e todas da mesma família?
Atenção mulheres! Esta é pra vocês!

  • A primeira mulher eleita para a prefeitura de Pojuca foi Maria Luiza Laudano, em 1977 (há 43 anos). Ela governou a cidade em três ocasiões diferentes e, em 2009, Gerusa Laudano (filha de Maria Luiza) foi eleita e se tornou a segunda mulher a assumir a prefeitura da cidade. Em 2013, a vereadora Ana Cristina Nunes Moreira assumiu interinamente a prefeitura em razão de uma disputa judicial envolvendo o prefeito eleito da época. Pojuca já foi governada por 24 prefeitos diferentes ao longo dos seus 107 anos, destes apenas três eram mulheres, duas eleitas para o cargo e uma assumiu interinamente.


Você sabia...
... que Pojuca teve três gerações de uma mesma família governando a cidade e que todos governaram por dois mandatos?



  • Tudo começou em 1938 (há 82 anos), quando João Alfredo Leite foi nomeado prefeito da cidade e governou Pojuca de 1938 a 1940 e de 1946 a 1947. Seu filho, o médico Luiz Alfredo Leite, governou a cidade de 1983 a 1988 e de 1993 a 1996. Depois o seu neto e também médico, Carlos Eduardo Bastos Leite, governou Pojuca entre 2006 a 2008 e retornou ao comando da prefeitura em 2017, permanecendo até o ano corrente. Somando os mandatos, vamos ver que os Leite, governaram Pojuca por 20 anos.


Você sabia...
... que o samba de viola é uma das expressões musicais mais profundas da cultura popular pojucana?



  • Pois é... O samba de viola é, seguramente, uma manifestação muito presente na raiz cultural da cidade. É surpreendente o que acontece quando o músico Fiscal, tocador de samba mais conhecido na cidade, desliza os dedos sobre as cordas de sua viola e, as mãos calejadas dos componentes que o acompanham surram carinhosamente um afinado pandeiro e produzem um som que mexe com o mais profundo da alma pojucana. Mulheres, homens, meninos, senhoras idosas, todos são levados pelo batuque dos sambadores e caem na dança sem pudor. É provável que o ritmo do batuque do samba de viola leve à reminiscência da batucada das senzalas e desperte a força da África, da resistência e da origem negra desta população. Recentemente faleceu o senhor Osvaldo Silva, conhecido nas rodas de samba como Sapo, um dos nomes desta manifestação musical. A ele a nossa homenagem.


Você sabia...
... que Pojuca nem sempre teve esse nome?



  • É isso mesmo. Inicialmente, quando o território onde hoje está a cidade era apenas uma fazenda de cana, os tropeiros, uma espécie de cacheiro viajante, vinham da região do Castelo da Torre, na Praia do Forte, para o sertão com sua tropa de burros carregada de mercadorias (charque, bacalhau, louças, peixe salgado, tecido), beirando o Rio Pojuca desde a praia até onde hoje é o centro da cidade. Neste ponto eles faziam a travessia, a PASSAGEM, por isso aqui era chamado de Vila da Passagem. Depois, com o crescimento do povoado, o arraial foi evoluindo e tomou emprestado o nome do rio que o banha: Pojuca. Que significa, na língua tupi, LUGAR PANTANOSO, PÂNTANO ou PÂNTANO COM MATO APODRECIDO. Mas YapoYuca (como falavam os tupinambás), era o nome do rio e não do povoado. Só depois é que o lugarejo passou a usar esse nome.


Você sabia...
... que nem sempre Pojuca comemorou sua emancipação no dia 29 de julho?



  • Ah! Essa você não sabia! Mas é verdade. A pesar da lei de criação do município ter sido promulgada em 29/07/1913, a eleição do primeiro prefeito (intendente) e dos primeiros vereadores (conselheiros) só aconteceu em 07/07 e a posse dos novos eleitos foi em 26/10/1913 com grande festa e a visita do governador da época. Por isso, a festa de emancipação do município era realizada nesta data. Entre 1914 e 1930, Pojuca comemorava sua festa de criação em 26/10. A mudança para a data que celebramos hoje só ocorreu a partir de 1930.

Você sabe...
... qual a casa residencial mais antiga de Pojuca?



  • Hum! Aposto que você não sabe! Pois é, trata-se da casa da família de Dr. Hugo Xavier Marques, situada na Rua Senador Carlos Pinto, logo depois da Escola Maria Carvalho. Esta construção é de 1917, tem 103 anos. Dr. Hugo Xavier Marques, era advogado e chegou em Pojuca no início do século XX, vindo de Itaparica. Ele era filho do escritor Francisco Xavier Ferreira Marques, que foi membro da Academia Brasileira de Letras. Será que aquela é a casa mais antiga mesmo? É a que temos registro!


Você sabia...
... que a câmara de vereadores já funcionou na Rua J. J. Seabra?



  • Pois é... Mais uma pra suas anotações. Entre 1913 e 1928 o local de reuniões dos vereadores (conselheiros) era um prédio que ficava nas proximidades onde hoje está a loja Ideal. Somente a partir de abril de 1928, há 92 anos, com a inauguração do prédio da prefeitura é que o Poder Legislativo e o Executivo passaram a funcionar no prédio atual, localizado na praça Almirante Vasconcelos.


Você sabia...
... que Pojuca só teve um único negro no cargo de prefeito ao longo de sua história?



  • Pois é, apesar de 84,1% da população de Pojuca se declararem preta ou parda, ao longo de sua história a cidade só teve um prefeito negro. Foi José Vardes de Souza que governou a cidade em duas ocasiões: em 1967 e depois, entre 1971 e 1972. Em seu governo foram realizadas obras importantes para Pojuca como a dragagem e alinhamento do leito do Rio Pojuca, a construção da Ponte do Pau D’Arco e a Central de Manutenção, também conhecida como garagem municipal.


Você sabia...
... que Pojuca já pertenceu ao município de São Francisco do Conde?



  • Pois é, por incrível que pareça, tanto Catu quanto Pojuca já foram povoados pertencentes a São Francisco do Conde. Apenas no ano de 1868, quando Catu se emancipou, Pojuca passou a pertencer ao novo município, permanecendo subordinado à cidade vizinha até 1913, ano de sua emancipação.


Você sabia...
... quem foram Aristides Raymundo Nonato e Joana Maria de Oliveira?



  • Pois então, Joana Maria de Oliveira é o nome da primeira professora que se tem notícia na história de Pojuca. Ela veio de Monte Santo para Pojuca em 1878. O nome dela está nos registros dos Anais da Assembleia Legislativa Provincial do ano de 1882. Nesse documento o pedido de licença remunerada para tratamento de saúde feito pela professora e a autorização concedida pelos parlamentares da época. Já Aristides Raymundo Nonato, também professor, aparece no Jornal O Momento de 05/04/1879 solicitando licença à Assembleia Provincial e na Resolução Provincial 2744 de 28 de setembro de 1889, publicada no Jornal Diário da Bahia em 16/10/1989. Portanto estes são os primeiros professores de Pojuca que se tem registro.


Você sabia...
... que Pojuca já foi um grande produtor de açúcar?



  • Pois sim. O território onde hoje está Pojuca, era coberto por imensos canaviais e por aqui existiam muitos engenhos de fazer açúcar, com destaque para o Engenho Pojuca, Engenho Central e Engenho dos Remédios.


Você sabia...
... que Pojuca já teve um Barão?



  • Ah, você não sabe o que é barão… Hum, baronato é um título de nobreza dado a pessoas muito importantes, ricas e influentes. O José Freire de Carvalho, proprietário do Engenho Central, recebeu este título em 1883, há 137 anos, das mães do imperador D Pedro II. A partir daí ele ficou sendo chamado de Barão de Pojuca. Na sede imperial ele exerceu cargos importantes, dentre eles, foi chefe da guarda do imperador e coronel da Guarda Nacional.


Você sabia...
... que em Pojuca já viveram muitas pessoas escravizadas?



  • Pois é. Não é à toa que 84,1% da nossa população, segundo o IBGE, é formada de pretos e pardos. Os engenhos de açúcar de Pojuca, eram movidos pela mão de obra escrava entre os séculos XVIII e XIX. Manoel Joaquim e Antônio da Costa são os nomes de duas dessas pessoas que viveram aqui na condição de cativos. Manoel Joaquim, foi escravizado pela família Freire de Carvalho e, Antônio da Costa pela família Leal Cardoso.


Você sabia...
... que Pojuca já teve um impechment?



  • Pois é. Foi em 1967 e o prefeito “impichado” foi Dr. José Gonçalves Cruz Filho. Ele tinha sido prefeito da cidade entre 1959-1963 e foi eleito novamente em 1967, mas naquele mesmo ano a Câmara Municipal cassou o seu mandato. Dr. José Cruz Filho foi quem iniciou as obras de construção do Colégio Castelo Branco, inclusive esse colégio inicialmente recebeu seu nome. Com sua cassação, o colégio foi concluído por Fernando Pereira, um dos interinos que assumiu o cargo na continuidade daquele mandato.


Você sabe...
... quem foi a primeira mulher a comandar as terras onde hoje é Pojuca?



  • Bem. Ela se chamava Dona Bernarda D’Asumpção Freire de Carvalho e, foi a primeira mulher a se tornar dona das terras onde hoje está Pojuca. Ela herdou esta propriedade (e os escravos) de seu marido, Manoel José de Carvalho que comprou das mãos de Martinho de Sousa e Albuquerque, um dos descendentes de Garcia D'Ávila. Ela tomou posse das terras em 1798, há 222 anos, conforme documentos encontrados nos Anais da Biblioteca Nacional.


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